As geladeiras, máquinas de lavar, fogões, celulares com dois chips e roupas são alguns dos produtos que os brasileiros de menor renda -que ingressaram para valer no mercado do consumo nos últimos anos- escolheram para presentear neste Natal. De cada R$ 100 gastos em móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos neste ano, R$ 44 são de consumidores com renda de até três salários mínimos (R$ 1.530), estima o instituto Data Popular, especializado em baixa renda.

A classe D (renda familiar entre um e três mínimos) concentra hoje 59,5 milhões de pessoas. A massa de renda desses consumidores passou de R$ 146 bilhões em 2002 para R$ 381 bilhões em 2010. “A classe D deve fechar o ano como a segunda classe social mais importante em poder de compra. Será protagonista neste Natal e exigirá cada vez mais didatismo das empresas que sonham com um mercado de R$ 381 bilhões”, diz Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto.

Oito em cada dez consumidores dessa faixa de renda pretendem comprar roupas com o dinheiro recebido do 13º salário, segundo pesquisa (de múltipla escolha) com 5.000 pessoas de todo o Brasil, feita durante o segundo semestre, pelo instituto. Outros 66% têm intenção de gastar com fogão, com máquina de lavar e com geladeira, 36% com celular e 29% com computadores.

Alshop(associação dos lojistas de shoppings) prevê aumento no gasto médio dos consumidores neste Natal, que, na avaliação dos comerciantes, deve ser o melhor dos últimos cinco anos. “Se o consumidor gastou entre R$ 60 e R$ 100 no ano passado, deve gastar entre R$ 80 e R$ 110 neste. É o reflexo da maior renda e da estabilidade”, diz Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor da Alshop, que representa 96 mil lojistas de 725 shoppings.

Fonte: Folha Online

 

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