A economia de pelo menos uma em cada três cidades brasileiras depende da administração pública para sobreviver, segundo a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10). O Brasil tem 5.564 municípios, sendo que 1.832 – ou 32,9% do total – se enquadram nesta situação.
O peso do valor da administração pública no PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas do país) está crescendo nos últimos anos. Em 2004, os gastos do setor eram de 12,6% do PIB. Em 2008, essa porcentagem já subiu para 13,4% da soma das riquezas do país.
A administração pública compreende todos os funcionários – presidente, governadores, deputados, senadores, prefeitos, secretários, repartições públicas, professores, policiais, Forças Armadas, entre outros – e aparelhos do Estado – prédios públicos, ambulâncias, hospitais, escolas etc -, com o objetivo de satisfazer as necessidades da população.
Os cinco municípios com mais de 70% de participação da administração pública no PIB em 2008 estão nas regiões Norte e Nordeste. São eles: Uiramutã (Roraima, com 78,7%), Poço Dantas (Paraíba, com 70,8%), Santo Antônio dos Milagres (Piauí, com 70,8%), Areia de Baraúnas (Paraíba, com 70,5%) e Santarém (Paraíba, com 70,3%).
A administração pública praticamente mantém as economias das cidades de Roraima em funcionamento. Em todos os municípios, o setor é responsável por pelo menos 38,8% do PIB. No Amapá, o dinheiro público financia pelo menos 40,3% da economia das cidades, com exceção de Serra do Navio, onde a participação da indústria no PIB é maior.
A capital federal Brasília é a cidade brasileira que mais gasta com administração, saúde e educação públicas e seguridade social. A cidade gastou pouco mais de R$ 55,5 bilhões com o funcionalismo e a manutenção de aparelhos públicos em 2008.
Na segunda posição aparece São Paulo, que usou R$ 21,4 bilhões com os gastos públicos. O Rio de Janeiro está na terceira posição, com R$ 20,9 bilhões.
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