Não é novidade pra ninguém que os índices educacionais brasileiros são de causar arrepios, e a última pesquisa do PISA sobre a aprendizagem nas escolas brasileiras só vêm confirmar o quão caótico é o nosso ensino.
Já há anos que o Brasil fica em posições humilhantes nesses índices, perdendo até para Zâmbia e Equador, dois países secundários no cenário mundial. Mas qual seria o caminho para as melhorias?
Países como a Coreia do Sul e a China podem ser usados como modelo, já que fizeram revisões nos seus sistemas educacionais e vêm colhendo bons frutos desde os anos 1980.
Lá não existe esse negócio de construtivismo, piagetismo e outros parâmetros educacionais moderninhos que por aqui só causaram confusão e imbecilismo até agora. Essas teorias pedagógicas que geralmente surgem na Europa e só ganham terrenos amplos por aqui ( já que boa parte do mundo ainda se leva a sério) têm sido o calcanhar de Aquiles da escola brasileira, pública e privada. No Brasil , completa-se o Ensino Médio com nível de Português e Matemática de 4º ano, algo humilhante para um país que almeja um lugar ao sol entre as nações.Pudera, já que até o Ministro Haddad escreveu, dia desses, cabeçário ao invés de cabeçalho. Vai ver, ele está fazendo uma coleção de cabeças pensantes dentro do seu ministério.
Outro aspecto importante é a inexistência de uma elite cultural que, aos poucos, sirva de subsídios à educação do país. Para um país que, nos anos 1950 e 1960, possuía escritores do naipe de Gilberto Freire, Manuel Bandeira, Mário Ferreira, josé Geraldo Vieira dentre outros, estamos em decadência hoje. Quase não se faz pesquisas nas universidades brasileiras, a divulgação científica é mínima, pífia, daí ficarmos nas últimas posições quando submetidos aos testes, sendo que nossos alunos erram mais que os alunos da Zâmbia.
É possível que os investimentos em educação não sejam os únicos causadores desses micos, já que gastamos, per capita, mais do que alguns dos nossos vizinhos( Peru, Colômbia)e, no entanto, obtemos resultados bem abaixo dos destes países.
A existência de uma máquina estatal de controle da educação e cultura é um dos grandes entraves à educação hoje, com sua ideologia de apadrinhamento ao invés do mérito e da competição por resultados, aspectos que deram certo em outros lugares. O Estado Brasileiro hoje imbeciliza em massa. São regras, leis, parâmetros que tornam a escola engessada, inerte, improdutiva. São muitas didáticas para poucos resultados. Vejo isso no meu dia a dia. Além do fator ” família ausente”, que vem a ser o tiro de misericórdia num ensino já claudicante.
Da forma como está sendo conduzido, o nosso ensino paraliza o país, ameaçando o futuro econômico e não permitindo o surgimento de uma mão-de-obra especializada. O Brasil tornou-se um campo de testes para pedagogias que a grande parte do mundo abdicou há décadas, e ainda insiste que isso um dia dará certo. Como disse Roberto Freire: ” No Brasil, a burrice tem um passado glorioso e um futuro promissor”.
O RN é um dos laterna do IDEB, a educação é uma vergonha nos últimos 8 anos no estado.
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