Em 2010, o espiritismo fez milagre nos cinemas brasileiros, levando milhões às salas de exibição. Primeiro veio “Chico Xavier“, de Daniel Filho, que atraiu cerca de 3,4 milhões de espectadores, depois, “Nosso lar”, de Wagner de Assis, que foi além com um público de mais de 4 milhões. Mas na última sexta-feira (17), entrou em cartaz o filme “Aparecida – O milagre”, uma espécie de “contra-ataque” católico nas telonas do país. Aqui em Garanhuns o filme ainda não tem data para entrar em cartaz.
“Se há procura é porque o espectador está interessado. Acho que a realidade está muito chata, violenta e sem perspectivas de melhora. Prestar atenção ao universo espiritual faz bem para o coração e para a alma, por isso esse “boom” nos cinemas, essa busca pelo conhecimento”, opina a diretora Tizuka Yamasaki (de “Xuxa e o mistério da Feiurinha”), que se declara “uma pessoa não muito religiosa”.
Tizuka acredita que a combinação de cinema e religião pode ser produtiva “independentemente da religião que seguimos”, porém não é necessariamente uma receita para o sucesso. “Já tivemos alguns filmes com a temática católica que também levaram muitos seguidores aos cinemas, mas não da mesma forma como esses que abordam a doutrina espírita. Para mim, esse grande sucesso de bilheteria de “Chico Xavier” e “Nosso lar” tem uma razão simples: o desconhecido. O cristianismo é algo que, bem ou mal, faz parte da infância de grande parte da população brasileira, disse a cineasta.
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