Com 57 anos de uso, ele ainda não chegou aos 30 mil quilômetros. O Rolls-Royce conversível da Presidência da República que vai transportar a presidente eleita, Dilma Rousseff, no dia de sua posse, 1º de janeiro próximo, está nos trinques e pronto para a tarefa. Trata-se de um modelo Silver Wraith Formal Cabriolet, com carroceria fabricada pela empresa britânica H. J. Mulliner & Co.

Com bancos de couro e madeira legítima revestindo parte do interior, o Rolls presidencial, macio e silencioso, tem motor 4,5 de 6 cilindros e uma potência relativamente pequena para um carro de 1,9 tonelada: 120 cavalos. Funciona com tração traseira e câmbio manual de quatro marchas. Ao longo dos anos, sofreu vários reparos e reformas executados pela empresa britânica.

Ainda circula a lenda de que o Rolls foi um presente da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, ao presidente Getúlio Vargas (1951-1954). Na verdade, Getúlio efetivamente recebeu o reluzente, esplêndido veículo de presente de empresários, mas o destinou a uso público, inicialmente a visitas oficiais: nele desfilaram, entre muitos chefes de Estado estrangeiros, o presidente americano Dwight Eisenhower e a própria rainha Elizabeth.

Quem pesquisou e me contaria a história, ainda no primeiro mandato do presidente Lula (2003-2007), seria o responsável pelo setor de transportes do Palácio do Planalto, o coronel da reserva do Exército Paulo Renato Caldas Fayão, que também cuidou com carinho da frota presidencial durante os governos dos presidentes José Sarney (1985-1990) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

 

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