No governo Dilma Rousseff, a Esplanada dos Ministérios terá forte presença paulista, confirmando o apelido de “paulistério”. Dos 37 ministérios, nove serão ocupados por paulistas e nos mais importantes, como a Casa Civil, o Ministério da Fazenda, Saúde, Educação, Agricultura, Justiça e Planejamento. Pernambuco cederá apenas um nome para a futura equipe, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, que assumirá a pasta de Integração Nacional.

O Rio terá quatro representantes no Ministério de Dilma: Luiz Sérgio (Relações Institucionais), Ana de Hollanda (Cultura), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) e Carlos Lupi (Trabalho). Ainda há mais dois ministros cariocas, mas cujas indicações não estão ligadas à divisão de forças entre os Estados: Antônio Patriota (Relações Exteriores) e Helena Chagas (Comunicação Social). Rio Grande do Sul terá cinco pastas.

O Nordeste, onde Dilma teve 10 milhões de votos a mais que o adversário José Serra, também está bem representado. Bahia terá cinco ministérios. O Maranhão ficará com duas pastas: Pedro Novais (Turismo) e Edison Lobão (Minas e Energia), ambos ligados ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os Estados de Sergipe, Amazonas, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal terão um representante no primeiro escalão.

Embora Lula tenha dito que a futura equipe ministerial terá a cara de Dilma, pelo menos 16 ministros serviram ao atual governo – 43,2% das 37 pastas. Desses, oito foram mantidos no cargo a pedido de Lula ou por indicação partidária: Guido Mantega (Fazenda), Fernando Haddad (Educação), Jorge Hage (Controladoria-Geral da União), Nelson Jobim (Defesa), Wagner Rossi (Agricultura), Orlando Silva (Esporte), Carlos Lupi (Trabalho) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).

Os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) apenas mudarão de ministério a partir de 1º de janeiro. Paulo Bernardo vai para as Comunicações, e Padilha para a Saúde.

Considerado coringa entre os aliados de Dilma, Paulo Bernardo quase foi para a Casa Civil, mas acabou deslocado para as Comunicações, onde cuidará da implantação do Plano Nacional de Banda Larga.

 

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