“Perdi em 1989, 1994, 1998. Perdi porque o povo pobre tinha medo de mim, e tinham razão. O povo pobre pensava que não sabia de nada e não podiam escolher um presidente que não sabia de nada também. Marise, minha esposa, disse para eu não desanimar porque isso iria acontecer, aconteceu em 2002”, desabafou Lula, ao cair no choro.
O presidente contou toda sua trajetória, sua infância pobre no município de Caetés, a história de retirante pernambucano em São Paulo, ao mesmo tempo que lembrou das obras da Transnordestina e Transposição do Rio São Francisco. Obras que, segundo ele, atenderam a pedidos do ex-governador Miguel Arraes. “Se eu falhasse não era só o presidente que iria falhar, seria toda a classe trabalhadora”, disse.
Faltando apenas quatro dias para deixar a presidência, Lula avisou que não vai sumir do mapa. “Apenas vou deixar a presidência, mas podem ter certeza que vocês não vão se livrar de mim. Vocês vão me ver nas ruas deste País”, ressaltou.
Lula ainda enalteceu pernambucanos considerados fundamentais pela para o “bom desempenho de seu Governo”. “O povo chora para fora. O político chora para dentro”, relatou.
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