A presidente Dilma Rousseff decidiu manter o senador Romero Jucá (PMDB-RR) na liderança do governo no Senado, e a permanência do peemedebista foi aprovada ontem por seu partido.

PT e PMDB estão em crise por causa da partilha de cargos no novo governo. Para conter a animosidade entre os partidos, Dilma decidiu suspender as nomeações para o segundo escalão de sua gestão. As indicações voltarão a acontecer depois das eleições no Congresso.

A maior preocupação do governo e do PT neste início de governo é evitar que as insatisfações no PMDB acabem por prejudicar a eleição do petista Marco Maia (RS) à presidência da Câmara, em fevereiro.

Insatisfeito, o PMDB boicotou a posse do novo ministro das Relações Institucionais, o petista Luiz Sérgio. Em meio ao desgaste, o partido ainda anunciou que não está convencido do valor do salário mínimo de R$ 540 fixado para 2011.

Os peemedebistas cobram uma reunião com a equipe econômica para discutir outro valor para o salário mínimo.

“Queremos discutir, queremos que a área econômica nos convença desse valor. Essa não tem que ser uma decisão partidária, mas a que representa o melhor para o país”, afirmou Eduardo Alves.

Questionado se a discussão do salário mínimo tem relação com as indicações do segundo escalão, ele negou. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, disse o deputado.

Em contrapartida, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o governo federal vai vetar qualquer reajuste que aumente o salário mínimo para mais de R$ 540.

“Neste momento, é temerário nós aumentarmos [o mínimo] para mais de R$ 540. Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar”, disse o ministro, citando a necessidade de conter os gastos públicos para, entre outras coisas, facilitar uma queda maior nos juros e evitar uma maior valorização do real.

Fonte: Estado de São Paulo

 

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