Deu em O Globo:
No Vale do Silício, há três palavras que não saem da ponta da língua de todo mundo: móvel, social e local. Agora, uma série de novas empresas acaba de adicionar uma quarta: fotos. Elas investem em compartilhamento de imagens por celular e algumas planejam lucrar com publicidade local. Aplicaticos de smartphones editam as fotos dos celulares e postam o material em tempo real com dados sobre sua localização. Os aplicativos – como Instagram, Hipstamatic, DailyBooth e PicPlz – são quase sempre gratuitos ou baratinhos. Mas, agora, alguns empresários querem transformá-los em um negócio lucrativo de verdade.
Mixed Media Labs, criadora do PicPlz, acaba de conseguir US$ 5 milhões junto à Andreessen Horowitz, empresa especializada em capital de risco de Marc Andreessen, criador do Netscape.
– Os aplicativos são úteis, pois resolvem um problema real. Sem eles, é um saco tirar fotos com o telefone de um jeito que elas fiquem boas e depois transmití-las para seus amigos – disse Dalton Caldwell, presidente-executivo da Mixed Media.
O PicPlz está disponível para Android e iPhone. Com ele, os usuários podem aplicar oito filtros diferentes às fotos e mandá-las para Facebook, Twitter, Foursquare e para o site do próprio aplicativo. PicPlz faz parte da nova onda de produtos feitos primordialmente para celular, tendo o site como segundo plano – ideia que pareceria estranha alguns anos atrás.
– Eu acho que para a próxima geração de empresas de tecnologia, o serviço que elas disponibilizarem no celular será muito mais importante do que o que oferecerem no site – afirmou Caldwell.
O aplicativo já foi baixado 130 mil vezes desde que chegou ao Android, em maio, e ao iPhone, em agosto. O seu rival Instagram estreou no mês passado e já tem 300 mil usuários. Será que, com tanta concorrência, serviços de compatilhamento de imagens por celular são de fato um bom negócio?
– É muito difícil fazer com que as pessoas prestem atenção quando há tanta informação por aí. Eu acho que a maioria dessas novas empresas não terá sucesso. Mas haverá duas ou três que fugirão à regra – previu Greg Sterling, pesquisador de mobilidade na internet.
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