A criação de um centro de prevenção de catástrofes é um dos primeiros projetos que o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quer colocar em execução no governo da presidenta Dilma Rousseff. Preocupado com os danos que as chuvas têm causado pelo país, o ministro quer integrar as previsões meteorológicas e os dados geográficos para minimizar os riscos de quem vive em áreas inadequadas.
Mercadante disse ontem que a ideia é investir em radares capazes de mapear com precisão as áreas de risco do país. Segundo ele, elas são aproximadamente 500. Porém, não há dados confiáveis sobre todas, principalmente, as que ficam fora de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Com as áreas mapeadas, toda vez que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prever tempestades nessas regiões, a Defesa Civil será alertada para que tome as providências necessárias. O ministro ressaltou que o Inpe conta com um dos mais avançados sistemas para previsão do tempo do mundo. Em dezembro, o órgão pôs em funcionamento um supercomputador capaz de fazer 200 trilhões de cálculos por segundo. O equipamento custou R$ 50 milhões.
Mercadante afirmou ainda que pretende investir na criação de um laboratório em alto-mar. O centro de pesquisas ficará a cerca de 500 quilômetros da costa brasileira e deve ser construído em parceria com a Petrobras e outras empresas. Lá serão feitas pesquisas sobre a biodiversidade e o aquecimento global, por exemplo.
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