“Por determinação da presidenta Dilma Rousseff, o grupo interministerial formado por 13 pastas implantará, dentro de cada área de atuação, ações de prevenção e controle da doença, além de atenção ao paciente”, indicou o Ministério da Saúde em comunicado.
Para a compra de remédios, veículos fumigadores, larvicidas e material educacional, o Governo destinará US$ 1,08 bilhão, que complementarão os recursos do ambicioso plano, cujo orçamento total não foi divulgado, informou a “Agência Brasil”.
A própria Dilma e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, coordenaram nesta terça-feira a reunião interministerial para definir as ações.
Por exemplo, para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, o Governo pretende fortalecer o controle de fronteiras com postos militares de vigilância sanitária.
“A dengue não é só um desafio para o setor da saúde. O combate à dengue está entre as prioridades desta gestão e do governo da presidenta Dilma”, comentou Padilha em entrevista coletiva, na qual deu detalhes da propagação da doença através do chamado “Mapa de risco”.
Segundo o mapa, 16 dos 27 estados estão ameaçados com risco “muito alto” e outros cinco apresentam um alerta “alto”.
Os estados com o risco mais alto da proliferação da doença são Roraima, Amapá e Goiás, enquanto dos 70 municípios em alerta máximo aparecem duas capitais regionais: Rio Branco e Porto Velho.
Em 2010, segundo números oficiais, foram registradas 550 mortes e um milhão de casos, dos quais 15,5 mil tiveram um diagnóstico grave por se tratar da variação conhecida como “dengue hemorrágica”.
Padilha ressaltou que 90% das pessoas que morreram procuraram tratamento médico tarde, quando a doença já estava avançada, e por isso destacou a importância da prevenção e educação da população.
Uma das justificativas para o aumento de casos no ano passado foi a reaparição no país do vírus de tipo 1 da doença, que não aparecia desde a década de 1990.
O Secretário de Saúde do Estado Domício Arruda irá a Brasília para participar de reunião que trata do assunto.
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