Deu em Valor.com:

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, negou ter “maquiado” os números, para atestar que cumpriu a meta e gerou o recorde de 2,52 milhões de empregos formais em 2010. “Estamos antecipando a divulgação de dados que estarão na Rais”, e que sairiam somente em maio, disse.

O ministro tinha uma meta de 2,5 milhões de empregos com carteira assinada, em todo o país, em 2010. O último recorde anual era de 2007, com 1,61 milhão.

Pela primeira vez, Lupi acrescentou aos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano passado empregos gerados “no prazo e fora do prazo”.

“Todos os anos, há empregos no Caged registrados fora do prazo, e as empresas pagam multas por isso. Esses dados vão para a Rais, que capta a empregabilidade dos setores públicos, militares, e não só do setor privado, área de abrangência do Caged”, explicou Lupi.

Ele complementou que, como o Caged cobre apenas o emprego no setor privado, essa estatística fica “de 10% a 15%” menos que a Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

De forma que, inicialmente, o Caged apontava até novembro de 2010 um acúmulo de 2,544 milhões de empregos criados. O saldo de dezembro foi negativo em 407.510, ou seja, o total líquido de vagas com carteira assinada no ano seria de 2.136.947.

Ocorre que o Caged acrescentou 387.731 empregos da lista de registros feitos “fora do prazo”, entre janeiro e novembro de 2010. Assim, Lupi divulgou que o total do ano ficou em 2.524.678.

“Tenho certeza de que o total de 2010 vai subir a 3 milhões, quando divulgarmos os acertos de declarações em fevereiro”, afirmou Lupi. Ele seguiu justificando que a mudança nos números significa que “estamos aprimorando para uma informação mais precisa”.

Segundo Lupi, o recorde de mais de 2,5 milhões de empregos em 2010 foi influenciado pela retomada da economia, após a parada pela crise em 2009, porque o Brasil reagiu rápido.

 

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