A arrecadação de tributos federais encerrou o ano de 2010 com um crescimento real (corrigido pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 9,85% em relação a 2009, informou nesta quinta-feira a Receita Federal.

Ao todo, a arrecadação de tributos federais atingiu R$ 826,065 bilhões em 2010 –recorde da série–, um aumento real de R$ 74,087 bilhões na comparação com 2009.

Levando-se em consideração apenas os valores nominais (sem a atualização pela inflação acumulada no período), a arrecadação de tributos atingiu R$ 805,708 bilhões em 2010, um avanço de 15,38% em relação ao ano de 2009. Mesmo com a atualização dos preços pela inflação acumulada, o resultado do ano passado foi recorde histórico de arrecadação.

Impostos

Os tributos que mais influenciaram no crescimento da arrecadação foram Cofins e PIS/Pasep, com 31,40% de participação na diferença entre 2009 e 2010. No ano, somaram arrecadação de R$ 184,711 bilhões, crescimento de 14,66%.

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica, somado à CSLL, arrecadou R$ 138,677 bilhões em 2010, queda de 0,14% em relação a 2009.

O IOF somou R$ 27,266 bilhões, alta de 31,62% sobre 2009.

O IPI arrecadou R$ 29,372 bilhões, crescimento de 22,16%.

O Imposto de Renda sobre Pessoa Física somou R$ 17,254 bilhões arrecadados em 2010, alta de 10,59% sobre 2009.

Metas

A Receita projetava um crescimento real de 10% a 12% da arrecadação de tributos federais. Embora o resultado global tenha ficado marginalmente abaixo dessa meta, levando-se em consideração apenas os tributos administrados pelo Fisco, o crescimento real na comparação com o ano passado foi de 10,4%, atingindo a meta do órgão.

Em dezembro, a arrecadação de tributos federais atingiu R$ 90,882 bilhões, o melhor resultado mensal da história. Na comparação com dezembro do ano passado, o crescimento real foi de 16,17%, e a alta nominal foi de 23,03%.

 

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