Jovens e muitos adultos querem mais do que nunca alcançar a sua independência financeira e sair logo da casa dos pais. Mesmo com uma boa quantia em mãos, muitos têm duvida de quanto separar, ainda se devem partir para o aluguel ou logo já financiar um apartamento. Outra dúvida é quanto reservar por mês para o pagamento das despesas básicas sem comprometer o orçamento.
A dica número um do consultor financeiro Erasmo Vieira é pesquisar e conseguir uma média das despesas (aluguel, condomínio, água, luz, gás, telefone) relativas de onde você pretende morar e colocar tudo na ponta do lápis. Além disso também deve ser levado em consideração se o apartamento precisa de reformas. “Então saber se o orçamento vai suportar estes novos itens. Outro dado importante é a mobília do novo local. Já tenho? Vou ter dinheiro para comprar? Vou financiar o valor da compra? Se for financiar é mais um item que deve inserido no orçamento mensal”, aponta.
Além de guardar uma quantia para a compra dos móveis, Erasmo também recomenda fazer uma reserva para os gastos extras e possíveis emergências, com dois ou três salários, antes de decretar a saída definitiva. Na opinião de Evanilda Rocha, consultora financeira e criadora do site Dinheiro Inteligente, ela só deve acontecer depois de se ter uma poupança com pelo menos seis a doze vezes do seu gasto mensal.
Para começar a nova vida sem dívidas, o segredo e pagar sempre à vista. E todo mês reservar pelo menos 10% do seu salário. No início é preciso apertar um pouco o orçamento e pagar o mínimo de aluguel. Também pensar de forma humilde, sem querer encontrar o apartamento dos seus sonhos, afinal, certamente você ficará fora de casa o dia inteiro. E, às vezes, também à noite fazendo um curso. O apartamento vai servir mesmo só para dormir.
Também pense na possibilidade de dividir o apartamento com alguém, principalmente no início. Se for uma pessoa de confiança, você vai contar com uma companhia e aliviar as despesas no orçamento. ”Em longo prazo é importante fazer uma boa reserva para uma possível compra do imóvel, mas isso somente no futuro, pois até lá é comuns os jovens quererem mudar de bairro, de cidade, ou mesmo partir para uma vida a dois”, diz Erasmo.
Pelo menos até os 30 anos há também outras prioridades em jogo. Segundo a consultora, jovens nessa idade têm seu foco na vida acadêmica e profissional “Eles investem em bons cursos de formação profissional técnica, ou superior, pós-graduação, MBA, entre outros, o que é primordial nos dias de hoje para se conseguir uma boa colocação profissional no mercado”, acrescenta. Dessa forma, ela compartilha a mesma opinião de Erasmo.
“O jovem pode e deve iniciar uma poupança visando adquirir imóvel próprio quando tiver atingido os objetivos profissionais básicos e quando tiver melhor definido se pretende ou não constituir família, ter filhos, etc. Mas sempre é bom lembrar que financiamento envolve o pagamento de juros e que o dinheiro mais barato é o nosso, isto é, pelo qual não temos que pagar juros para fazer uso”, completa a consultora.
Fonte: Vida Mulher
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