O exército do Egito avançou para a praça Tahrir, no centro do Cairo, para proteger manifestantes e jornalistas de novos ataques de milícias leais ao regime de Hosni Mubarak. A intervenção é acompanhada por uma intensa troca de tiros numa das pontes que dá acesso à zona da praça Tahrir, onde terça-feira estiveram reunidos um milhão de manifestantes anti-regime, e desde quarta-feira se registam ataques contra os opositores de Mubarak.

Esta manhã, um grupo de oito jornalistas estrangeiros foi retido pelos militares perto do gabinete do primeiro-ministro, não muito longe da praça Tahrir, onde decorriam confrontos entre apoiantes e opositores do Presidente Hosni Mubarak. O objectivo aparente é a protecção dos repórteres.

O canal televisivo por satélite Al-Arabiya estava nesse momento a passar um rodapé de urgência em que pedia ao exército que proteja as suas instalações e os seus jornalistas.

Segundo a Associated Press, horas antes, um grupo de fotógrafos estrangeiros foi atacado por apoiantes de Mubarak. Um repórter grego foi atingido numa perna com uma chave de fendas, e um fotógrafo freelancer, também helénico, foi agredido na cara por um grupo de homens que lhe destruiram algum equipamento.

 

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