O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou neste sábado com vários líderes estrangeiros sobre a crise vivida pelo Egito, ressaltando a necessidade de que “uma transição ordeira e pacífica comece agora”, informou a Casa Branca.
Obama entrou em contato com o príncipe Mohammed bin Zayed, dos Emirados Árabes, com o primeiro-ministro britânico David Cameron e com a chanceler alemã Angela Merkel, de acordo com um comunicado.
– Ele comentou sua séria preocupação sobre as agressões a jornalistas e grupos de direitos humanos, e reiterou que o governo do Egito tem a responsabilidade de proteger os direitos de seu povo e de libertar imediatamente aqueles que foram detidos injustamente – segundo a nota.
Além disso, “enfatizou a importância de que uma transição ordenada e pacífica comece agora em direção a um governo sensível às aspirações do povo egípcio, incluindo a credibilidade, assim como as negociações entre o governo e a oposição”.
O comunicado de Washington ocorre após o governo Obama saudar o “passo positivo” da renúncia em massa dos líderes do partido do presidente Hosni Mubarak.
– Vemos isto como um passo positivo em direção a uma mudança política que será necessária, e esperamos medidas adicionais – disse um funcionário norte-americano.
A TV estatal egípcia Al Arabiya recuou e negou, na tarde deste sábado (5), que o presidente do país, Hosni Mubarak, tenha renunciado à presidência do PDN (Partido Nacional Democrático).
Mais cedo, a emissora havia anunciado que o ditador deixou o comando da sigla governista do Egito, porém, a TV informou posteriormente que apenas o restante da cúpula do partido saiu, incluindo Gamal Mubarak – filho do presidente.
O jornal britânico The Guardian, o espanhol El País e a rede americana CNN, também chegaram a noticiar que o presidente também havia renunciado ao posto de líder do PND. Porém, a informação não foi confirmada oficialmente e, depois, acabou sendo corrigida pelo próprio canal.
O novo secretário-geral do partido é Hossam Badrawi, visto como membro da ala liberal, ainda segundo a emissora.
Desde o último dia 25, o Egito enfrenta manifestações de rua exigindo a renúncia do presidente Mubarak, há 30 anos no governo. Na sexta-feira (4), centenas de milhares de manifestantes voltaram às ruas da capital Cairo para o chamado Dia da Despedida. Apesar da força do movimento, a saída do presidente do cargo acabou não ocorrendo.
Fontes: AFP/R7
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