Indígenas e representantes de movimentos sociais da região do Rio Xingu fazem nesta terça-feira, em Brasília, uma manifestação contra a liberação das obras do complexo hidrelétrico de Belo Monte. O protestos começaram às 9h30 no gramado em frente ao Congresso Nacional.Os índios pretedem entregar à presidente Dilma Rousseff um documento com mais de 500 mil assinaturas contra o início das obras da usina.
Ontem, eles participaram de debates na Universidade de Brasília (UnB) sobre os impactos da construção da hidrelétrica e do recente licenciamento concedido pelo governo federal para a instalação da infraestrutura inicial.
Na chegada de Dilma ao Planalto, cerca de 100 índios e ativistas estavam concentrados na Praça dos Três Poderes, em frente ao palácio, com cartazes e faixas pedindo a interrupção do licenciamento da usina, cujo investimento está avaliado em cerca de R$ 19 bilhões e, quando pronta, será a terceira maior hidrelétrica do mundo.
No fim de janeiro, o Ibama liberou o licenciamento para a construção do canteiro de obras da usina. Só com a autorização parcial de instalação do empreendimento 238 hectares serão desmatados.
Entre as presenças confirmadas estão o cacique Megaron Txucarramãe, liderança kayapó do Mato Grosso; Sheyla Juruna, liderança de Altamira (MA); o cacique Ozimar Juruna, da aldeia Paquiçamba, em Altamira; Josinei Arara, liderança da aldeia Arara, de Altamira; e Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre.
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