Em reunião ‘monitorada’ por telefone pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho), o PDT decidiu nesta quarta-feira (16) liberar sua bancada de 27 deputados federais a votar como quiser na sessão que tratará do projeto de reajuste do salário mínimo até 2015 –e que estipula o valor de R$ 545 parta 2011, segundo a Folhaonline.
A votação está prevista para ocorrer na tarde e noite desta quarta-feira, na Câmara. A Folha presenciou o momento em que o presidente interino da legenda, Manoel Dias, deixou a sala da reunião e, ao telefone, informou o cenário a Lupi, presidente licenciado do PDT. Dias listou ao ministro o nome dos deputados que haviam até aquele momento manifestado intenção de votar o valor de R$ 560, entre eles o ex-líder da bancada Vieira da Cunha (RS).
O PDT deve ser o único partido da base governista que não irá recomendar oficialmente o voto nos R$ 545. A presidente Dilma Rousseff havia conversado pessoalmente com Lupi como forma de pressão sobre a bancada.
Apesar da liberação do voto, Dias afirmou que cerca de 15 dos 27 deputados votarão a favor dos R$ 545 e contra os R$ 560. Um resultado diverso, de maioria contrária ao governo, representaria um desprestígio maior a Lupi. Integra o PDT o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente da Força Sindical, que defende os R$ 560.
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