A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de dois novos genéricos no País: quetiapina, usado para esquizofrenia, e rosivastatina, indicado para reduzir os índices de colesterol. Ambos movimentam cerca de R$ 324 milhões anuais.
A liberação da versão genérica dessas drogas é reflexo de uma mudança de estratégia da agência, que agora passa a dar prioridade à análise de remédios considerados estratégicos para o governo. São drogas listadas em uma portaria do ministério, que pelo alto preço ou pelo uso em parcela significativa de pacientes passam a ser classificadas como prioritárias. “Isso é feito de maneira clara, respeitando todas as determinações legais”, afirmou o presidente da Anvisa em exercício, Dirceu Barbano.
Desde o início do ano, a agência liberou versão genérica de cinco drogas classificadas como importantes para o governo. Juntas, elas movimentaram em 2010 cerca de R$ 900 milhões. Além da liberação de segunda, já havia sido concedido registro para o genérico do antirretroviral tenovovir, para o remédio entacapona usado entre pacientes com Parkinson e darcabazina, receitado para pacientes com câncer.
A lista de drogas prioritárias para exame apresenta ainda outros 18 itens. Barbano disse que a análise de todos os processos já começou, mas não há prazo para conclusão. “Há medicamentos que o exame é mais trabalhoso. Dependemos ainda da qualidade de informações apresentada pela indústria farmacêutica que apresentou o pedido de registro de genérico”, completou.
Além de criar uma fila separada para pedidos de remédios considerados prioritários pelo governo, a Anvisa determinou, em seu plano de gestão, a redução do prazo para a análise de medicamentos e equipamentos de saúde – uma determinação que atende às solicitações do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O contrato, que deverá ser assinado nos próximos dias, determina uma redução de 40% no tempo de início de exame de remédios e de 50% no prazo de início de exame de equipamentos de saúde. Com isso, completa Barbano, o prazo de início de exame de um remédio passará de 90 dias para 55.
Fonte: Agência Estado
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