Informações são da Agência Brasil:

Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Fundação de Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) tem posições contrárias sobre o reajuste do salário mínimo debatido hoje, em comissão geral da Câmara dos Deputados. A Fundap defende R$ 600. A CNM quer compensação pelo reajuste e a CNI teme pela competitividade dos produtos.

O economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, disse que a distribuição de renda é importante, mas é preciso levar em conta a questão fiscal e o custo para a competitividade das empresas. Segundo ele, o reajuste tem que ser absorvido sem gerar perda de competitividade. Ele lembrou que o mínimo já subiu mais de 70%, em termos reais, na última década. E observou que é preciso verificar o impacto na comparação com os preços dos produtos estrangeiros, o que pode prejudicar a indústria nacional e o nível de emprego.

Indicado para falar na comissão geral pelos partidos de oposição, o diretor executivo da Fundação de Desenvolvimento Administrativo (Fundap), Geraldo Biasoto, defendeu o reajuste para R$ 600. “É viável e justo”. Ele informou que para custear esse aumento serão necessários cerca de R$ 13,5 bilhões e que esse valor será compensado por uma reestimativa da receita pública e pela redução dos gastos do governo.

Já o representante da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), André Amorim Alencar, afirmou que a CNM não é contra nem a favor do aumento maior para o mínimo, mas observou que se o novo valor pedido pelas centrais sindicais (R$ 560) for aprovado as prefeituras terão que ser compensadas. Segundo ele, as prefeituras são as maiores empregadoras com cerca de 5,5 milhões de funcionários só na administração direta e que grande parte desses servidores são remunerados com base no salário mínimo.

 

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