Os Ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G-20 – grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo – chegaram, sábado, a um acordo sobre uma série de indicadores que vão medir os desequilíbrios e guiar a política dos países do bloco. A grande novidade é o fato de a China – a segunda maior economia mundial – ter cedido num dos pontos mais controversos: aceitou incluir a taxa de câmbio como um dos indicadores de desequilíbrio, o que foi comemorado pelo Brasil.
Inicialmente, o país se manteve discreto na questão do câmbio, para não desagradar a Pequim, seu forte aliado no bloco dos países emergentes, os Brics, grupo que reúne os emergentes China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul. Os chineses vêm sendo pressionados a flexibilizar sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizada, para estimular suas exportações.
Entre os indicadores aprovados sábado estão os que apontam desequilíbrios internos de um país (dívida e déficit públicos, poupança privada) e para desequilíbrios externos, como saldo em transações correntes (que inclui balança comercial, viagens, pagamento de juros e remessas de lucros e dividendos).
– Os principais indicadores para nós foram taxa de câmbio e contas externas. O Brasil não cedeu em nada. Tudo o que esta aí interessa ao Brasil. Estamos plenamente satisfeitos com o acordo – garantiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Na sexta-feira, os Brics endureceram o jogo e enterrou a possibilidade de um acordo esta semana na reunião do G-20 sobre os indicadores que definiriam os desequilíbrios na economia mundial e levariam à correção de políticas econômicas.
Fonte: O Globo
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