O semáforo é um dos instrumentos mais importantes para o trânsito. Prova disso é que em épocas de fortes chuvas e apagões, como ocorreu recentemente em diversas cidades, basta alguns equipamentos pararem de funcionar para o caos nas ruas se instalar. Além disso, outro inimigo do bom funcionamento dos sinais luminosos é o chamado efeito fantasma, no qual a luz do sol cria a impressão de que todas as luzes estão acesas. Um grupo de engenheiros eletrônicos da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolveu um tipo de semáforo que utiliza lâmpadas LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz) e deve solucionar todos esses problemas, além de possibilitar economia de energia.

A maior inovação do invento está na integração de três formas de alimentação energética: solar, elétrica e por baterias. Isso quer dizer que o semáforo pode ser alimentado por qualquer uma dessas fontes. Para isso, foi criado um sistema inteligente que avalia a todo momento a melhor forma de abastecimento a ser utilizada (veja abaixo). “Esse controle é capaz de avaliar o ambiente a cada dois milissegundos e alterar a forma de alimentação do equipamento. Caso não tenha sol, a rede elétrica é acionada; e, na falta de eletricidade e de energia solar, as baterias são utilizadas”, explica Luis Fernando Bettio Galli, engenheiro eletrônico e diretor da empresa DirectLight, que desenvolveu o projeto em colaboração com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC – USP) e financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).

A prioridade é usar a energia solar, fornecida por placas fotovoltaicas instaladas no poste que sustenta o conjunto de lentes do sinal. “Isso pode sanar os problemas dos sinais ao sofrerem desligamento durante apagões ou quedas de energia, além de trazer uma grande economia energética”, afirma Galli. Embora já existam semáforos de LED em diversas cidades do Brasil e do mundo – inclusive movidos a energia solar -, nenhum modelo, segundo o levantamento do engenheiro, traz esse sistema de gerenciamento inteligente, o que torna a tecnologia inédita.

Fonte: Correio Braziliense

 

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