Os números do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) apontam que 48,3 milhões de hectares de terras foram incorporados às áreas de assentamentos e 614 mil famílias ganharam lotes rurais entre 2003 e 2010, mas o geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira, consultado pelo jornal O Estado de São Paulo, contesta os índices que fazem com que os governos de Lula tenham sido os que mais contribuíram para a reforma agrária no País.
Para o geógrafo, 26,6% das famílias ‘assentadas’ na Era Lula já trabalhavam na zona rural, mas sem título de propriedade. Essas famílias teriam recebido o título e sido somadas aos números que fazem com que Lula tenha garantido 56% dos 85,8 milhões de hectares incorporados à reforma agrária em toda a história e 66,4% das 924 mil famílias assentadas no Brasil. Oliveira calcula que apenas 34,4% do total registrado entre 2003 e 2009 representam, de fato, novos assentamentos.
O geógrafo também contesta a realização de reforma nos 48,3 milhões de hectares divulgados pelo Incra, já que somente 4,5 milhões de hectares deste território teriam sido obtidos pela desapropriação de áreas privadas, enquanto o restante foi constituído por assentamentos em terras públicas, o que é ‘colonização e não reforma agrária, uma vez que não altera a estrutura fundiária’, diz Oliveira.
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