A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), mandou entregar à presidente Dilma, ontem pela manhã, um buquê de flores e uma cesta com frutas regionais. Ciarlini, que pertence a um partido de oposição, mas tem afinidade com Dilma, não entregou o presente pessoalmente.
A presidente passou todo o dia nas instalações da Barreira do Inferno, em Parnamirim (RN), com a filha, Paula, o neto, Gabriel, e o genro, Rafael Covolo.
Apesar do desejo de políticos locais de se encontrarem com ela, Dilma está decidida a descansar até terça-feira, na companhia da família. Em seu primeiro Carnaval como presidente, a petista optou por passar o feriado em total isolamento com a família.
No local há um hotel de trânsito para militares. A Marinha criou uma ampla zona de proteção ao redor da base em que a presidente está hospedada, para impedir que qualquer um se aproxime.
Por mar, a Folha tentou chegar ao local, mas um bote da Marinha com quatro militares interceptou a embarcação usada pela reportagem, por volta das 9h30.
A interceptação ocorreu em frente ao Morro do Careca, um dos principais cartões-postais de Natal, no limite com o município de Parnamirim.
A orientação dada à Folha foi de ficar a, no mínimo, três milhas náuticas (cerca de 5,5 quilômetros) de onde está a presidente. Uma corveta da Marinha vigia a linha imaginária.
A distância aproximada entre o ponto em que a reportagem foi impedida de continuar e o hotel de trânsito onde Dilma está é de dez quilômetros. Assim, não é possível ver se Dilma estava na praia da base, chamada Praia do Cotovelo.
Por terra, a distância entre o pórtico de entrada do centro de lançamento Barreira do Inferno e o hotel onde Dilma está hospedada é de quatro quilômetros. A entrada na área só é permitida a veículos militares e a civis autorizados pela Presidência.
Mas nenhum deles ganha do Hotel de Trânsito da Barreira do Inferno, Natal, Rio Grande do Norte, onde a diária custa mais de U$ 930 mil. Afinal de contas, o Tesouro Nacional pagou uma reforma de U$ 4,6 milhões para a Dilma se hospedar por lá durante cinco dias. Pelo jeito, o Brasil não é o sétimo PIB do mundo.
Fontes: Folha Online/Robson Pires
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