Uma explosão na central nuclear de Fukushima, Japão, neste sábado (12/03), deixou vários feridos, informou a emissora japonesa NHK. A usina foi danificada pelo terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que abalara o país na véspera. Parte do teto do edifício que abriga o reator nuclear veio abaixo. O nível de radioatividade na central conhecida como Fukushima 1 havia aumentado de forma alarmante na sequência do forte sismo.

Por enquanto, não há dados oficiais sobre a dimensão da catástrofe, nem está claro se ela está relacionada com a fusão do núcleo do reator, que vinha sendo especulada anteriormente.

Segundo a empresa operadora, Tokyo Electric Power (TEPCO), a explosão deixou quatro feridos, que entretanto não correm perigo de vida. Os técnicos trabalhavam na redução da pressão dos reatores da central, a fim de evitar a fusão do núcleo dos mesmos devido à falência dos sistemas de refrigeração.

Nas proximidades da central foi detectado césio radioativo, segundo a comissão de segurança atômica citada pela agência Kyodo, o que poderia ser indício de uma fusão nuclear no reator. Imagens da televisão pública NHK mostram uma nuvem de fumaça branca sobre a central nuclear. Segundo a imprensa japonesa, o nível de radioatividade na área estaria mil vezes superior ao normal.

As autoridades locais tinham ordenado na sexta-feira a evacuação da zona num raio de 10 quilômetros ao redor da central. A NHK aconselhou a população a se manter em casa e fechar as janelas, ainda para além desse perímetro.

Peritos e jornalistas da cadeia de televisão também aconselharam pessoas que se encontrem no exterior a proteger as vias respiratórias com um pano molhado e a se cobrirem ao máximo, para evitar o contato direto da pele com o ar.

Fonte: Abril

 

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