A Agência de Segurança de Energia Nuclear do Japão anunciou neste sábado que outro reator da usina de Fukushima –que já sofreu uma explosão– está apresentando problemas em razão do terremoto que atingiu o país anteontem.

De acordo com as informações, o sistema de resfriamento do reator 3 também parou de funcionar, o mesmo problema que causou a primeira explosão na usina. Agora, segundo uma autoridade da agência, a instalação terá que assegurar o suprimento de água para esfriar o reator.

Na madrugada de ontem, uma explosão destruiu o teto da instalação do reator 1, levantando temores sobre uma possível liberação de radiação na área. Apesar disso, o governo afirmou, mais tarde, que a explosão não afetou o núcleo do reator e que apenas uma pequena quantidade desses materias foi liberada.

Segundo a autoridade, há uma possibilidade de que pelo menos nove pessoas tenham sido expostar à radiação, de acordo com informações dos governos municipais e outras fontes.

A comissão reguladora nuclear dos Estados Unidos (NRC) anunciou, neste sábado, o envio de dois especialistas ao Japão, após a explosão.

“Temos alguns dos melhores especialistas neste campo trabalhando para a NRC e estamos prontos para ajudar em qualquer coisa”, disse o presidente da comissão, Gregory Jaczko, em comunicado no qual anunciou o envio dos técnicos.

A NRC –agência que regula as usinas nucleares de uso comercial– disse que os técnicos são especialistas em reatores nucleares de água fervente.

O governo do Japão afirmou na tarde de ontem que o nível de radiação emitido pela instação parece ter diminuído após a explosão, que produziu uma nuvem de fumaça branca. Mas o perigo foi grande o suficiente para que as autoridades jogassem água do mar no reator para evitar um desastre e ainda tirassem 140 mil pessoas da área.

A explosão destruiu o prédio que abrigava o reator, mas não o reator em si, o que evitou um desastre maior. “Eles estão trabalhando desesperadamente para encontrar uma solução para esfriar o núcleo do reator”, afirmou Mark Hibbs, do Programa de Política Nuclear do Carnegie Endowment for International Peace.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) confirmou a informação de que o reator não havia sido danificado, desmentindo especulações de que um acidente mais grave como o da central ucraniana de Tchernobil, pudesse ocorrer.

Para limitar o dano ao núcleo do reator, por causa do terremoto e posterior tsunami ocorrido no litoral japonês, a Tepco propôs que água do mar seja misturada com boro para ser injetada no recipiente primário de contenção, segundo o comunicado divulgado pela AIEA em Viena.

A AIEA acrescentou que esta medida foi aprovada pela Nisa (Agência de Segurança Nuclear e Industrial) e que o processo de injeção começou às 20h20 no horário local (8h20 de Brasília).

Fonte: Folha Online

 

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