A crise nuclear no Japão agravou-se ainda mais nesta terça-feira, chegando a níveis indiscutivelmente perigosos. Depois da explosão de mais um reator e um novo incêndio na central de energia atômica de Fukushima 1, o nível de radioatividade no arquipélago disparou. O governo admitiu pela primeira vez que a radiação tinha atingido um patamar prejudicial à saúde das pessoas. Horas depois, porém, as autoridades japonesas informaram que o nível de radioatividade já tinha diminuído. Não adiantou: o clima de apreensão com a possibilidade de uma catástrofe nuclear se espalhava por toda a região sob risco de contaminação.

O empresário brasileiro Walter Saito está trabalhando na primeira retirada de brasileiros da área mais afetada no Japão, atingido por forte terremoto e tsunami na semana passada. São dois ônibus, com 28 lugares cada um, que saíram da cidade de Saitama hoje, terça-feira (15), em direção a Fukushima e Sendai.

Um caminhão carregado de água e comida também faz parte da operação, que é a primeira de resgate aos brasileiros na região. A retirada é coordenada e paga pelo consulado do Brasil em Tóquio, mas está sendo executada por um empresário radicado há vinte anos no Japão e que possui 54 apartamentos em Saitama, onde ficarão os brasileiros resgatados na operação.

Walter Saito disse, por telefone, que o consulado pediu urgência na retirada por causa dos vazamentos de radiação em Fukushima. A embaixada do Brasil no Japão não sabe quantos brasileiros moram na área mais afetada, nem quantos decidiram retornar ao Brasil, mas informou que para conseguir uma passagem de volta a espera é de sete a dez dias.

Fonte: Correio do Estado

 

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