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O Japão seguidamente é citado como exemplo de país preparado para enfrentar uma tragédia natural. Mas mesmo todo o esforço da nação oriental não foi capaz de impedir a destruição causada pelo tsunami da última sexta-feira. Mas e no Brasil? Existe a possibilidade de nosso País ser atingido por uma dessas ondas gigantes?
Um estudo da Universidade College London, do Reino Unido, divulgado em 2005 indica que um vulcão nas ilhas Canárias poderia causar um desmoronamento que, por sua vez, geraria um tsunami de 9 m no oceano Atlântico.
Por outro lado, o professor George Sand, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), afirma que esse tsunami, ao chegar no Brasil, já se tornaria uma pequena onda, com apenas alguns centímetros de altura. Sand lembra que o tsunami gerado pelo terremoto no Japão, apesar da destruição causada no país oriental, ao chegar em outras regiões, principalmente no continente americano, mal foi percebido.
Outro dado diminui a preocupação de uma onda gigante gerar destruição no Brasil: a pesquisa indica que esse possível tsunami causado pelo desmoronamento nas Ilhas Canárias poderia levar até 10 mil anos para ocorrer. Sand afirma também que nunca foi registrado um tsunami no Brasil.
O professor explica ainda que as características das placas tectônicas sul-americana e africana, que se encontram no Atlântico, não geram tsunamis, já que estão se afastando uma da outra. As ondas gigantes surgem quando uma placa passa por cima da outra.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômicopermanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukusshima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
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