O presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, acompanhado de outros dirigentes e assessores apresentou um documento durante reunião com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, contendo algumas propostas de inovações tecnológicas para a agricultura familiar do semiárido brasileiro. Visando contribuir com a principal meta da presidenta, Dilma Rousseff, que é erradicar a fome no Brasil, a Embrapa reuniu no documento uma série de ações que resumem a experiência da empresa, em especial na Embrapa Semiárido, centro ecorregional instalado em Petrolina.
De acordo com a Embrapa, basicamente a proposta é a participação do governo em sistemas produtivos diversificados, como caprinovinocultura, apicultura, bovinocultura leiteira, cultivos energéticos e, sobretudo, no plantio de alimentos. O Chefe Geral da Embrapa Semiárido, Natoniel Franklin de Melo, participou da reunião, disse que o governo deve focar ações nas zonas rurais mais secas do Nordeste, região que concentra 52% das pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza no país, sendo 72% delas em regiões rurais. “Essa concentração de pobres no interior faz do semiárido um foco importante nas políticas em elaboração no ministério para melhorar os índices de desenvolvimento humano da região”, declarou.
A proposta da Embrapa consiste na introdução em 500 municípios nordestinos, com índices de pobreza elevados, de novidades técnicas como o aproveitamento da água da chuva, cultivos tolerantes à seca, técnicas de forragens, bem como promoção de cursos de capacitação e difusão para técnicos e produtores ligados à estruturação de Núcleos de Formação e Especialização Rural nos Territórios da Cidadania, com conteúdo curricular contextualizado. As ações devem ser executadas através de parceria entre equipes do Ministério da Integração Nacional, Embrapa, rede regional de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), organizações não governamentais e secretariais municipais de agricultura e desenvolvimento rural.
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