Como a maior empresa estatal, a Petrobrás também é uma gigante no setor petrolífero mundial. Desde a campanha pelo monopólio estatal consumada nos anos cinquenta sob a batuta do nacionalismo getulista, que a estatal consolida o monopólio, sobretudo da exploração, no país. Aqui, se o sujeito achar petróleo no quintal, tem que entregar a estatal. Ou mesmo vender para ela. Afinal, o que se pergunta é em que a estatal melhorou a vida dos brasileiros?

A produção de uma gasolina mais barata? Nos EUA o litro de gasolina sai por um real e cinquenta. Lá não tem monopólio, ao contrário, desde há muito, tem leis antimonopolistas. No lugar da gigante estatal, não seria melhor termos mais empresas , inclusive as estrangeiras trabalhando no setor? O triste é o intervencionismo estatal, que quer engessar as atividades econômicas, impedindo o real desenvolvimento das forças produtivas.

Ainda mais nossa gasolina é uma das piores do mundo, ainda adcionada de álcool e agora água. Será que em qualquer país civilizado o governo resolve autocraticamente colocar mais água na gasolina sem consultar os consumidores, dando bananas para todos? É àquela conversa: se o consumidor não sai ganhando, muitas outras pessoas saem. Daí a sacralização das estatais. As corporações não deixam fazer mudanças claro, para não perderem a boquinha. E os políticos para utilizarem a empresa a seu bel prazer. Coisa de subdesenvolvido. É bom lembrar que a falsamente declarada autossuficiência proclamada por Lula, deveu-se a quebra do monopólio patrocinada durante o governo de Fernando Henrique, quando a produção explodiu. Antes, a petrossauro nem explorava, nem deixava os outros explorar, deixando com nós, consumidores a, conta. Ademais, seja estatal ou privada, todas não teriam que pagar os impostos?

Ainda mais livraria o governo de fazer operações obscuras para injetar capitais com o dinheiro do povo nesta malfadada empresa, como ocorre habitualmente. Em outras palavras, a questão não é o gigantismo da empresa. É a obscuridade do funcionamento dos monopólios. Obscuridade e desfuncionalidade, digamos assim.
Quantos milhões já perdemos com o monopólio? Só Deus sabe. O finado Paulo Francis dizia que apoiaria uma ditadura esclarecida ( se é que isso existe, ressaltava) para, num prazo estabelecido, digamos dois meses, abrir a caixa preta da empresa, e também do judiciário. Coisas impossíveis neste país. Sim, ao chamar a empresa de Petrossauro, estou imitando o grande Roberto Campos, que até onde pode viver, (mais de oitenta anos) denunciou a farsa desta estatal e de outras menos votadas. Seria mais fácil um camelo passar num buraco de agulha, do que deixarem abrir o caixa preta da empresa. Mas certamente, muitos sabidos lucram muito com este monopólio.

Aliás , só existem estatais no setor no Brasil Venezuela e México. Então o restante do mundo está errado, e nós , latino-americanos estamos certos? Não me façam rir.

Fonte: Rafael Brasil

 

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