Principal nome cotado para a disputa da presidência da República pelo PSDB em 2014, Aécio Neves (PSDB) marcou para esta quarta-feira, às 15 horas, seu primeiro discurso político da tribuna do Senado. Como fez na reunião dos governadores tucanos no fim de semana, o senador mineiro tentará se colocar como principal nome oposicionista ao governo da presidenta Dilma Rousseff.

“Ele vai abrir seu discurso recordando sua trajetória do PSDB. Em seguida, irá pontuar as incoerências e problemas do PT”, contou o deputado Rodrigo de Castro (MG), que é também secretário-geral do PSDB. “Por fim, Aécio vai apontar suas propostas para o futuro”, disse Castro. Ele incentivou a ida de deputados ao Senado para assistir à fala de Aécio.

Até hoje, Aécio havia tido uma postura discreta no Senado. Além de integrar a Comissão de Constituição e Justiça, participa da subcomissão de reforma política. Das vezes que se manifestou sempre teve como foco os projetos em questão. Na votação do aumento do salário mínimo (principal do Congresso até agora), tentou se diferenciar, mas não obteve êxito.

Dentro da bancada, Aécio chegou a defender que o PSDB deveria abandonar a tese de aumento de R$ 600, uma das bandeiras da campanha do tucano José Serra ao Palácio do Planalto em 2010. O senador mineiro reuniu-se com representantes da Força Sindical, central de trabalhadores que lutou pela aprovação dos R$ 560.

A tese da Aécio, porém, acabou derrotada dentro da bancada do Senado. Na bancada da Câmara, o assunto sequer entrou em discussão. Duas semanas antes da votação, Serra pediu para ser ouvido na reunião da bancada. Com a manutenção de um forte discurso oposicionista, o ex-governador fez questão de defender o valor de R$ 600.

Atuação nos bastidores

Adversários do tucano têm dito que ele “não indo bem no Senado”. “Até agora, Aécio não disse a que veio”, afirmou o deputado Reginaldo Lopes (MG), presidente do diretório estadual do PT em Minas Gerais.

Publicamente a postura de Aécio pode ser criticada. No entanto, nos bastidores, as estratégias deram certo. A principal delas foi reforçar o apoio à reeleição de Sérgio Guerra (PE) como presidente nacional do PSDB. Até agora, o grupo serrista não conseguir fazer um contraponto.

Aécio também atuou na disputa interna do DEM. Ele convenceu o deputado Marcos Montes (DEM-MG) a desistir de concorrer à liderança do partido contra ACM Neto (DEM-BA). O movimento foi decisivo para eleger, em seguida, o senador José Agripino (RN) presidente nacional do DEM.

Fonte: Portal Ig

 

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