Deu em O Globo.com
Ao deixar a sala do Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira à tarde, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) avisou à imprensa que não irá falar neste momento sobre o vídeo em que foi flagrada recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Segundo ela, a orientação foi dada por seus advogados. Jaqueline também negou que irá renunciar
– Me guardo o direito de não falar – disse Jaqueline.
Um dos jornalistas indagou se Jaqueline tinha a consciência limpa e ela respondeu:
– Tenho sim, muito obrigada – negando-se a responder outras perguntas sobre o fato e enfatizando:
– O próximo passo é esperar as investigações.
A deputada afirmou ainda que estava em tratamento médico e que por isso apresentou os atestados à Câmara, mas que em nenhum momento teve intenção de atrasar os prazos das investigações na Corregedoria e no Conselho de Ética. O vídeo em que ela recebe pacotes de dinheiro durante campanha a deputada distrital, em 2006, vieram a público no dia 6 de março. Há um mês a deputada não comparecia às sessões da Casa.
Jaqueline apresentou primeiro um atestado médico de cinco dias, assinado por um médico do Rio, A Câmara pediu um atestado mais detalhado ou que ela se submetesse a uma junta médica da Casa. Em seguida, um outro atestado mais detalhado foi apresentado por seus assessores, assinado um um psiquiatra de São Paulo, mas como o prazo da licença era indeterminado, não foi aceito pela Casa.
O advogado de Jaqueline, José Eduardo Alckmin, afirmou hoje que a defesa irá apresentar novo atestado do médico de São Paulo e pedir que seja considerados os outros dois apresentados e possam abonar suas faltas no último mês:
– Os atestados não merecem ser alvo de presunção de fraude.
Jaqueline Roriz, segundo a assessoria, voltou nesta quarta-feira à Brasília, depois de receber alta do médico psiquiatra que a atendeu em São Paulo. A defesa continuará insistindo na tese de que o Conselho de Ética não tem legitimidade para julgar a representação apresentada contra ela com base no vídeo de 2006, quando ela não era ainda deputada.
Nesta tarde, a defesa entregou a defesa relativa à outra denúncia contra Jaqueline: de uso irregular da verba de gabinete do atual mandato para pagar despesas de uma sala que pertence ao marido dela, Manoel Neto. A defesa alega o dinheiro pagou o condomínio da sala que é usada por ela como escritório político.
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