O governo eleva a partir desta sexta-feira o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos tomados por pessoas físicas de 1,5 para 3% ao mês. O anúncio foi feito nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

– Estamos tomando esta medida para moderar o aumento do crédito para consumo – afirmou Mantega.

– As outras modalidades (de crédito) não são afetadas por isso, como o crédito para empresas e para investimentos.

Segundo o ministro, o governo quer “evitar um aumento da demanda exagerado de modo que isso venha a influenciar a inflação”.

– O governo não vai permitir que a inflação fuja do controle – assegurou.
Queda do dólar

Na quarta-feira, Mantega anunciou a ampliação da cobrança de 6% de IOF sobre os empréstimos de bancos e empresas brasileiras no exterior com prazos menores do que 720 dias (dois anos). Na semana passada, a equipe econômica instituiu a cobrança do tributo para transações de até um ano. Esta medida, porém, não surtiu efeito para evitar o derretimento do dólar. Nesta quinta-feira, a moeda americana encerrou o dia em queda de 1,85%

Em outubro de 2010, o governo aumentou de 2% para 4% da alíquota do IOF para as aplicações de estrangeiros em renda fixa. Na ocasião, o ministro Guido Mantega ressaltou que havia “interesse crescente” do investidor estrangeiro neste tipo de aplicação e “se houver uma entrada de capital muito grande, nós acabamos valorizando o real e isso prejudica as exportações brasileiras”.

O governo esperava que, passada a operação de capitalização da Petrobras, realizada em setembro de 2010, o fluxo de capitais para o país diminuísse – o que não se confirmou. A decisão do governo reforçou a atitude adotada um ano antes – em outubro de 2009 – quando a cobrança do IOF de 2% para as aplicações de renda fixa e variável de investidores estrangeiros foi retomada.

Fonte: Reutters

 

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