Em apenas dois dias, a visita da presidente Dilma Rousseff à China já rendeu negociações de aproximadamente 20 acordos no valor total de US$ 1 bilhão. A informação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Como exemplos, Pimentel mencionou o investimento de US$ 300 milhões na cidade de Barreiras, na Bahia, para implantar uma fábrica de processamento de soja. Segundo ele, também foram negociados investimentos no valor de US$ 300 milhões em uma planta de produção de equipamentos de informação em Goiás.
Para o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimento do Itamaraty, Norton Rapesta, a nova posição do Brasil começou a surtir efeito. De acordo com ele, é possível começar a perceber uma mudança de postura por parte da China.
O desafio de Dilma e da equipe brasileira na viagem é conseguir diversificar as exportações brasileiras. Um dos primeiros resultados foi obtido por meio do Ministério da Agricultura. O ministério confirmou que o governo da China autorizou três frigoríficos brasileiros a exportar carne de porco para o mercado chinês.
Também foi anunciado que a empresa chinesa Huawei vai investir cerca de US$ 300 milhões na construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Campinas, no interior de São Paulo. Ontem, a visita da presidenta começou com o anúncio de um possível acordo que pode evitar o fechamento da fábrica da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) em Harbin, um dos pontos mais polêmicos da relação entre os dois países. A fábrica corria o risco de ficar ociosa e fechar as portas em breve.
Ainda hoje, após um seminário com empresários, Dilma se reunirá com o presidente chinês, Hu Jintao, no Grande Palácio do Povo. Amanhã (13), ela conversa com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Wu Bangguo, e com o premiê chinês, Wen Jiabao. “A China adotou a estratégia de absorver, recriar e recompor”, disse o vice-ministro da Ciência e Tecnologia, Cao Jianlin.
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