O cantor petrolinense Geraldo Azevedo, nascido no então distrito de Jatobá, hoje emancipado, teve desde cedo uma relação muito próxima com o São Francisco. Vivendo no sítio de seu pai, que tinha uma roça, só foi tomar banho de chuveiro aos 13 anos – antes, só se banhava no rio, que deixou para trás quando veio para o Recife aos 18 anos. “Diria que é uma veia que passa no meu coração”, tenta explicar com poesia.
Preocupado com a sangria do rio com a construções de barragens e o assoreamento do passado e a transposição realizada no presente, o cantor idealizou o projeto Salve São Francisco – um disco e um DVD conceituais, com canções que têm o rio como tema, lançado pelo Canal Brasil em parceria com a gravadora Biscoito Fino. Cinco são inéditas, compostas por Geraldo Azevedo e parceiros como Geraldo Amaral, Moraes Moreira e Galvão.
A parceria de Geraldo Azevedo estende-se às gravações, com participações de artistas de Estados por onde passa o São Francisco: Alceu Valença, Dominguinhos, Robertinho do Recife, que assina a produção, são de Pernambuco; Moraes Moreira, Ivete Sangalo, Maria Bethânia, Roberto Mendes e Márcia Porto, da Bahia; Djavan, de Alagoas; e Fernanda Takai, de Minas Gerais. “Infelizmente não consegui nenhum artista sergipano conhecido”, justifica Geraldo Azevedo, sobre a ausência de um dos Estados onde o rio deságua.
O Rio São Francisco já foi cantado por muitos artistas brasileiros. De Luiz Gonzaga e Zé Dantas a Alceu Valença e Carlos Fernando, passando por Quinteto Violado, Sá & Guarabira a Cartola e Carlos Cachaça.
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