A promotora de Justiça Deborah Guerner, acusada de envolvimento no esquema de corrupção conhecido por mensalão do DEM, foi presa pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (20). Deborah e o marido, Jorge Guerner, estavam em casa quando foram detidos, de acordo com a PF.
A Justiça Federal expediu o mandado de prisão por considerar que o casal, mesmo depois de iniciado o processo judicial, continuava a atrapalhar as investigações. Segundo o R7 apurou, os dois também pretendiam fugir para a Itália, o que teria precipitado a prisão.
Deborah deverá ficar presa na carceragem da Superintendência da PF. Jorge, por não ter curso superior, será encaminhado ao presídio da Papuda, em Brasília.
A promotora é acusada de atuar junto ao ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra de proteger o ex-governador José Roberto Arruda, que acabou cassado em decorrência das denúncias pelo esquema de pagamento e distribuição de propina no Distrito Federal.
A principal acusação contra Bandarra e Guerner é de que teriam exigido R$ 2 milhões para ocultar vídeo em que o ex-governador Arruda recebe um maço de dinheiro do delator do esquema, o ex-secretário Durval Barbosa.
Em um vídeo divulgado pela PF, Bandarra e Guerner aparecem na casa da promotora possivelmente discutindo o andamento do pedido de propina. Em outro trecho, Jorge Guerner coloca maços de dinheiro em um cofre. Após uma operação de busca e apreensão na casa, a polícia encontrou o cofre enterrado no quintal.
No dia 6 de abril, o CNPM (Conselho Nacional do Ministério Público) suspendeu o julgamento que analisaria a demissão de Deborah e Bandarra dos quadros do Ministério Público pelos crimes de violação de sigilo funcional, recebimento de propina e tentativa de achaque. Agora, o caso deve ser novamente avaliado no dia 17 de maio.
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