Mesmo com a desaceleração da economia, o varejo brasileiro está confiante, e projeta um crescimento nas vendas na semana de Páscoa cerca de duas vezes maior que o registrado na passagem de 2009 para 2010, segundo estimativa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Para 2011, a projeção dos lojistas é que as vendas aumentem 8%, após um crescimento de 4,5% em 2010. A estimativa compreende as vendas durante o período que vai do domingo que antecede a Semana Santa até o Sábado de Aleluia, véspera do Domingo de Páscoa. O bom momento é resultado da queda nos preços de produtos com alta demanda nessa época do ano, em virtude da valorização do real frente ao dólar, e da manutenção do bom ritmo de vendas no comércio.

A data também abre boa perspectiva para os trabalhadores temporários, uma vez que indústria e varejo têm necessidade de reforçar postos de produção, logística e vendas durante o período de festividades. Segundo estimativa da CNDL, 60 mil empregos temporários devem ser gerados em todo o País, sendo que 60% dessas vagas serão absorvidas pela indústria, na produção de ovos, bombons e barras de chocolate. O varejo concentra o restante das vagas com oportunidades para promotores de vendas, atendentes e repositores de lojas.

Para o Presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a perspectiva positiva para vendas e contratações, dois dos principais motores do crescimento econômico em 2010, é importante porque vem em um momento em que a economia brasileira mostra sinais claros de desaceleração. “Acreditamos que o consumidor, que esteve cauteloso num primeiro momento, mantenha o costume de presentear seus familiares e amigos fazendo suas compras na véspera da Páscoa, movimentando todo o varejo, em especial o setor de alimentos”, destaca o presidente da CNDL.

Enquete
O otimismo do varejo também foi verificado por meio de uma enquete que foi ao ar no site da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A consulta mostrou que 42,8% dos lojistas esperam vender mais de 10% na Páscoa deste ano, enquanto que 17,8% esperam uma alta de até 10% nas vendas em relação ao resultado de 2011.

Lojistas que preveem queda de até 10% nas vendas somaram 7,1% dos consultados, e os que apostam em retração superior a 10% totalizaram 10,7%. Pessoas que não esperaram aumento ou queda nas vendas somaram 21,4%.

 

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