O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou que o desafio do governo federal em 2011 é o de controlar a inflação para que o Brasil possa crescer a uma taxa entre 4% e 5% nos próximos anos.
Em entrevista à “Agência Brasil”, Carvalho destacou que uma das preocupações da área econômica é evitar que o avanço recente da inflação comprometa as conquistas da chamada “nova classe média brasileira”, que ainda não estaria consolidada. “Por isso, as medidas prudenciais que estamos tomando, para não haver esse desequilíbrio que leve a uma recessão nesse momento, o que levaria de novo ao desemprego”, afirmou o ministro.
Carvalho afirmou que é natural que o governo puxe o freio de mão do crescimento econômico em 2011, após tomar medidas para estimular a produção e o crédito durante a crise econômica global. O ministro reconheceu que a adoção de medidas prudenciais, como o porcentual mais baixo de correção do salário mínimo, não tem agradado aos movimentos sociais, mas ponderou que todos estão de acordo em um ponto: é preciso segurar a inflação. “A prioridade número 2 é garantir emprego de qualidade, que garanta distribuição de renda também”, acrescentou.
Além de citar a inflação, Carvalho destacou também o problema do câmbio apreciado, que tem afetado negativamente os exportadores. O ministro admitiu que ninguém pode ter “total segurança” que as ações adotadas até agora terão resultado, lembrando que há um processo inflacionário em todo o mundo.
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