A vontade de empreender do brasileiro é cada vez maior. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada nesta terça-feira pelo Sebrae, a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) do Brasil foi de 17,5%. Esse percentual indica que 21,1 milhões de brasileiros exerceram atividade empreendedora no ano passado. A elevada participação foi a maior entre os países membros do G20 (grupo que integra as maiores economias do mundo) e BRIC (grupo que reúne os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China).
O resultado conseguido ultrapassou marcas representativas como as taxas da China (14,4%) e Argentina (14,2%), ambos do G20. A TEA brasileira também foi maior do que a de países como Austrália (7,8%) e Estados Unidos (7,6%). Até mesmo entre os BRICs, o País superou todos os integrantes. Em 2009, a taxa de empreendedorismo do Brasil havia sido de 15,3%, ocupando a segunda posição no grupo dos G20, abaixo da China com taxa de 18,8%.
Dos empreendedores brasileiros que participaram do levantamento, 5,9% correspondem a empreendimentos nascentes (desde a fase de planejamento e estruturação até três meses de atividade) e a maioria, 11,7%, a empreendimentos novos (que possuem entre três meses e três anos e meio de atividade, considerando como início o pagamento de salários). “Para que os negócios das MPEs avancem mais é preciso que haja também incentivo nas escolas, com disciplinas criadas para desenvolver o espírito empreendedor nas pessoas”, diz Luiz Barreto, presidente do Sebrae.
Para compor o levantamento no País, nos meses de maio a julho de 2010 foram entrevistadas duas mil pessoas com faixa etária de 18 a 64 anos. No mundo, mais de 180 mil pessoas foram ouvidas no ano passado.
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