Depois de 13 anos de muitas discussões e de um forte patrulhamento ideológico, finalmente o texto do novo Código Florestal Brasileiro irá para votação na Câmara dos Deputados. O deputado Marco Maia, presidente da casa legislativa, disse que a votação do projeto será na primeira semana do mês de maio, possivelmente entre os dias 03 e 04.

Diante dessa informação, a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), entidade responsável pelos produtores rurais do estado, pede o empenho dos deputados para aprovação do texto do novo código.

De acordo com o presidente da instituição, José Álvares Vieira, esse comprometimento da nossa bancada federal será de fundamental importância para a regularização e valorização dos produtores rurais. “Acredito que os nossos deputados sabem da situação do campo. Sabem que nesse atual sistema, com esse código da década de 1960, a maioria dos produtores brasileiros ficará na ilegalidade. E é por isso que peço o comprometimento deles com o texto do deputado Aldo Rebelo”, ressaltou Vieira.

Ciência

De acordo com José Vieira, o que os deputados federais e toda a sociedade deveriam buscar para melhor entender a questão florestal é a ciência e os seus dados. “Não adianta ficar na conversa de ambientalistas de fora, que não conhecem a realidade do Brasil e que trabalham para outras causas, muitas delas bem distantes da preservação de nosso meio ambiente. Acredito que quando a ciência não é ouvida, surgem os achismos, e isso é muito perigoso. A análise dos fatos históricos mostra que o conhecimento oferecido pela ciência tem contribuído muito mais com a preservação”, explicou Vieira.

O presidente da Faern acredita que o setor produtivo e as pessoas sérias do Brasil estão favoráveis ao novo código, e que, com dogmas e especulações, o país irá perder o bom caminho da economia rural. “Observo com alegria que os brasileiros sérios estão favoráveis ao novo código. Eles sabem de sua importância para o pleno desenvolvimento da economia. Os saltos do nosso agronegócio, com bons números na balança comercial, são a prova irrefutável que o produtor rural não é o inimigo, mas o aliado do Brasil”, finalizou Vieira.

Por Paulo Correia

 

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