Os brasileiros geraram 6,8% mais lixo no ano passado em comparação com 2009, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Foram 61 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos em 2010 – cerca de 380 quilos de lixo por habitante por ano.
Segundo a Abrelpe, só um pouco mais da metade deste lixo (57,6%) teve destinação adequada, sendo encaminhados para aterros sanitários ou reciclado, enquanto que em 2009 o número era de 56,8%. O estado que mais produz lixo é São Paulo, gerando 55.742 toneladas de resíduos por dia e destinando adequadamente cerca de 80% do total.
Os estados do Norte e Nordeste do país são os que, conforme a associação, apresentam a situação mais crítica. São os estados que menos geram resíduos sólidos, mas os que possuem também o menor percentual de coleta seletiva e destinação adequada do material.
“No Sudeste, 71,2% dos resíduos gerados têm destinação final ambientalmente correta. Ainda assim, em função do grande volume de lixo da região, os 28,8% restantes equivalem a 25 mil toneladas, mais do que o dobro do total gerado por toda a região Norte”, diz o diretor-executivo da Abrelpe, Carlos Roberto Vieira da Silva Filho.
No Nordeste existem 866 lixões. “Esse número é alarmante, representa 51% do total de 1.688 lixões espalhados pelo Brasil”, acrescenta Silva Filho. As regiões Norte e Sudeste vêm na segunda e terceira posições com maior número de lixões: são 263 e 245 em cada área, respectivamente
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