Em 2010, o percentual de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho foi maior do que o de homens, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira. No ano passado, a alta foi de 7,28% para elas, enquanto eles representaram um crescimento de 6,7%.
Eles, porém, ainda são maioria. Enquanto o número de trabalhadores passou de 24,13 milhões, em 2009, para 25,75 milhões no ano passado, o de trabalhadoras foi de 17,01 milhões para 18,31 milhões.
Os homens também continuam a receber os maiores salários. A remuneração média deles é de R$ 1.876,58, já a delas fica em R$ 1.553,44. A diferença é de mais de R$ 300.
Os dados constam da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), um retrato ampliado do emprego formal. Divulgada anualmente pelo governo, inclui servidores públicos, trabalhadores temporários e avulsos e ainda informações residuais das empresas, além dos dados de carteira assinada do Caged. O relatório detalha o número de empregos gerados por sexo, idade e região do país.
O Norte e o Nordeste foram as regiões do país que mais criaram empregos. O Nordeste teve um crescimento de 7,93% postos de trabalho, e o Norte apresentou uma alta de 9,9%. De acordo com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esses números podem ser creditados à construção das usinas Jirau e Santo Antônio. Ele disse ainda que construção da usina de Belo Monte vai gerar duas vezes mais postos de trabalho.
“Com a construção de Belo Monte [os empregos] devem crescer ainda mais nos próximos quatro ou cinco anos. Isso porque quando algum setor cresce, vários outros crescem junto, como alimentação, construção civil e serviços”, disse.
O ministro destacou ainda que o crescimento no número de empregos na faixa etária de 50 a 64 anos e acima dos 65 anos. A criação de postos de trabalho para essas idades teve aumento de 10,28% e 12,77%, respectivamente.
“Existe uma demanda por mão de obra com experiência, por isso o crescimento no numero de empregos na faixa de 50 a 64 anos. As empresas estão preferindo contratar trabalhadores com mais experiência, portanto, os mais velhos”, destacou.
Levantamento feito pela Folha com dados do IBGE mostram que o crescimento desta faixa de idade acontece desde 2003.
Há oito anos, a faixa representava 16,7% da força de trabalho. O percentual subiu para 21,8% na média do primeiro trimestre de 2011.
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