Em reunião ocorrida na governadoria com representantes do Sinte/RN, na tarde desta terça-feira (10), o secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, fez um relato das condições atuais das finanças públicas estaduais e afirmou da impossibilidade do Governo do Estado atender, de imediato, as reivindicações salariais da categoria.

Paulo de Tarso assegurou aos professores que o Governo pretende, dentro do mais curto espaço de tempo possível, pagar o Piso Nacional do magistério aprovado pelo Supremo Tribunal Federal.

Sobre a reivindicação da atualização da tabela em termos estaduais, o secretário considera impossível no momento. Segundo Paulo de Tarso Fernandes, a política salarial do Rio Grande do Norte para os professores tem sido, ao longo do tempo, escandalosamente vil. “A governadora Rosalba Ciarlini tem a determinação de enfrentar essa histórica cadeia de aviltamento salarial dos professores. Mas, isso não pode ser feito de uma hora para outra”, afirmou o secretário.

O Estado do Rio Grande do Norte terá este ano um aumento em despesas com pessoal, incluindo os três poderes, da ordem de R$ 819 milhões. Entre janeiro de 2010 e dezembro de 2010, as despesas com pagamento de pessoal tiveram um aumento/mês de R$ 63 milhões. “Acrescentar mais despesas pode levar o Estado a um sério risco de desequilíbrio financeiro e levar até ao atraso de pagamento dos funcionários. Essa é uma história que já deixamos pra trás e que não pode voltar”, disse Paulo de Tarso.

A secretária Betânia Ramalho considerou a situação financeira do Estado como dramática, e a decisão do Governo em expressar a realidade para o sindicato, como frustrante, mas verdadeira e honesta. “É melhor dizer a verdade do que prometer, como outros fizeram, e não cumprir”, afirmou.

Betânia Ramalho também mantém o chamado para que o Sinte/RN continue na mesa de negociações com o Governo do Estado. “Pedimos para que a categoria nos dê um voto de confiança e retome o diálogo. Afinal, todos sabem que todas essas dificuldades que enfrentamos foram herdadas de administrações passadas, e estamos ainda colocando a casa em ordem”, completou.

 

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