A Justiça de Nova York negou a possibilidade de pagamento de fiança ao diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, 62, devido a uma acusação de crime sexual, segundo a rede de TV americana CNN.

A decisão de manter Strauss-Kahn preso foi fundamentada na possibilidade de que ele pudesse fugir dos Estados Unidos.

“O fato de que ele estava prestes a embarcar em um voo [quando foi preso], que levanta algumas preocupações”, disse a juíza Melissa Jackson.

Outro argumento usado pela promotoria e acatado pelo tribunal foi o de que Strauss-Kahn já era suspeito de ter cometido crimes semelhantes.

Ao dizer que o diretor do FMI poderia voltar a qualquer momento para a França e escapar de eventual condenação, os promotores citaram o cineasta Roman Polanski, que, acusado em 1977 de violência sexual contra uma menina de 13 anos em Los Angeles, passou anos refugiado na Europa.

Os advogados de defesa de Strauss-Kahn haviam proposto que ele pagasse uma fiança de US$ 1 milhão para ser beneficiado com a liberdade provisória.

O diretor do FMI deve ficar preso ao menos até uma nova audiência, marcada para acontecer na próxima sexta-feira. Seus advogados já afirmaram que ele continuará se declarando inocente e que se submeterá à exames da polícia científica para coletar provas que sustentem sua versão para o caso.

Strauss-Kahn é acusado de ter tentado violentar a camareira de um hotel onde se hospedava em Nova York no último sábado. Ele foi preso dentro de um avião tentando embarcar para a França. A moça tem 32 anos.

 

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