Um grupo de 200 pessoas se reuniu ontem (19) na frente do Ministério da Educação (MEC) para protestar contra a política de uma “escola inclusiva” para surdos, que prevê que os alunos sejam matriculados em escolas regulares e depois recebam atendimento especializado. Para a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), o modelo é ineficaz. A entidade defende que os alunos surdos tenham classes bilíngues, em que sejam ensinadas tanto a língua brasileira de sinais quanto a língua portuguesa.

“Ao contrário do que disse a Martinha Clarete (diretora de Política de Educação Especial do MEC), existe, sim, uma cultura surda. Precisamos de um corpo docente qualificado”, disse a professora Irene Stock. Faixas contra a diretora foram erguidas por parte dos manifestantes, que também criticaram o fechamento do ensino básico no Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), no Rio de Janeiro.

Representantes do grupo se encontraram com o ministro Fernando Haddad e lhe entregaram um documento com uma lista de propostas, como a implantação de escolas bilíngues e a instituição de uma comissão no Ministério para discutir a educação para os surdos. “O MEC nos garantiu que está aberto para negociação”, disse a diretora de políticas educacionais da Feneis, Patrícia Rezende.

Fonte: Agência Estado / NE10

 

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