O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) foi hoje (23MAI11) à tarde à tribuna do Senado afirmar que a bancada de oposição não aceitará a tentativa de “blindagem” do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, por parte da maioria governista. “Em outras oportunidades ficou comprovado que essa ‘couraça’ enferruja muitas vezes e não resiste à atuação imprescindível da Imprensa, que, justiça seja feita, vem cumprindo o seu papel. Cabe agora ao Parlamento cumprir o seu.”, disse Jarbas.
Para o senador pernambucano, Palocci deve revelar quais foram as empresas para as quais trabalhou como consultor e que serviços prestou, entre 2007 e 2010, quando ainda exercia o mandato de deputado federal pelo PT de São Paulo. “Parafraseando o próprio ex-presidente Lula, o ministro ‘não é uma pessoa comum’. É justamente por essa razão que ele deve explicações sobre os fatos incomuns relacionados ao crescimento do seu patrimônio e também da sua atuação como consultor privado em pleno exercício de um mandato eletivo.”
Jarbas Vasconcelos afirmou que juntar cerca de R$ 7 milhões em quatro anos não é uma tarefa fácil, ainda mais quando executada paralelamente ao trabalho como deputado. “E não estou falando de um simples parlamentar, mas de um dos mais importantes quadros do PT no Congresso Nacional, envolvido diretamente com os projetos e propostas mais estratégicos para o Governo Lula.”
O senador do PMDB relembrou o escândalo no qual Antonio Palocci esteve envolvido em 2006, quando se envolveu com a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa – “uma das ações mais torpes, rasteiras e imperdoáveis cometidas durante o Governo Lula”, segundo Jarbas.
“É comum se afirmar que quando alguém escapa ileso de uma grande provação foi premiado com uma segunda chance para fazer a coisa certa. Existem aqueles que agarram essa oportunidade e fazem jus à boa sorte conquistada. E há outros que incorrem novamente no erro. É neste grupo que está incluído o ministro Antonio Palocci”, argumentou Jarbas Vasconcelos.
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