Os asilos brasileiros, ou instituições de longa permanência para idosos (Ilpi), vivem principalmente de contribuições dos residentes ou dos parentes, mesmo as filantrópicas que recebem financiamento público.

De acordo com pesquisa divulgada ontem (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 65% dos asilos do país são filantrópicos e aproximadamente 57% de suas receitas são oriundas de contribuição particular. O financiamento público – federal, estadual ou municipal – é em torno de 20%. O custo médio de um idoso mensal num asilo, segundo o estudo é de cerca de R$ 750.

O governo federal administra apenas um asilo em todo país, localizado no Rio de Janeiro. A instituição Cristo Redentor atende 298 idosos.

Para a coordenadora da pesquisa, Ana Amélia Camarano, a presença do Estado é fundamental para atender aos mais de 3 milhões de idosos no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

“O governo precisa investir nessa área, não só em asilos, mas também em cuidado domiciliar formal, beneficio monetário para o cuidador familiar, inclusão do cuidador familiar no sistema de seguridade social, centros dias, hospitais dias, ou seja, uma rede de cuidados para a população idosa”, disse a pesquisadora.

 

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