A professora Amanda Gurgel lembrou os áureos tempos de Heloísa Helena. Ou até mesmo de muitos outros nomes que hoje fazem parte do governo mas que rendiam muito mais ao país em suas épocas de oposição. Via-se com mais frequência esse tipo de postura.
Aí, vejo o grande erro de Heloísa Helena em querer mudar de poder, sair do legislativo para o executivo. Deixar de ser senadora para ser presidente. Alguns nomes nasceram para usar uma tribuna e falar verdades, e não para administrar.
Ter perdido Marina Silva do senado também foi prejudicial ao país. Ivan Valente na Câmara. Pois outros nomes como Jefferson Peres, que morreu, já não trazem a discussão ética para a população.
É dito muito que os sindicatos hoje estão cooptados pelo governo, que está cheio de representantes sindicais em postos chaves. Por isso, não se vêem mais os discursos inflamados de outrora.
A Amanda, que é do PSTU, disse que gostaria de comandar o sindicato dos professores do Rio Grande do Norte. Potencial para isso já mostrou.
O adesismo está impressionante. Em Pernambuco a oposição esvaziou. Em nível nacional, a coisa é parecida. E quando aparecem nomes como o de Amanda, é levado para disputas eleitorais, que uma vez perdidas, corre-se o risco do ostracismo.
Vamos torcer para que o exemplo da professora se espalhe pelo país, e os insatisfeitos tenham tribuna para bradar os problemas de suas classes. Mas sinceramente acho, que se a professora continuar decididamente a defender a classe, seu caminho natural será Brasília, com endereço no Congresso Nacional.
 

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