As taxas de inflação no país deverão ficar próximas de zero em um prazo de dois a três meses, disse ontem (30 ) o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, reafirmando que a prioridade é trazer a inflação para o centro da meta em 2012, depois de um período de alta influenciada pelos preços das commodities no mercado internacional. “A taxa [de inflação] piorou nos últimos meses, com a forte tendência de alta das commodities, que influencia a alta dos alimentos e impacta o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]. Houve também a influência da alta do petróleo no mercado externo, que também traz reflexos sobre a taxa”. Atualmente, no entanto, todos os indicadores sinalizam que a taxa está em queda, segundo o diretor do BC.
“Principalmente os preços dos alimentos devem cair o que refletirá numa forte queda no curto prazo devendo-se manter em níveis próximo de zero em dois a três meses”, disse. Aldo Mendes afirmou que o governo continuará usando a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento para conter a demanda e, consequentemente, exercer pressão sobre o mercado de modo a manter a inflação sobre controle. Disse, ainda, que o Banco Central também continuará a adotar “medidas macroprudenciais” como expediente adicional para adequar os níveis do crédito à realidade do país e evitar o endividamento excessivo das famílias brasileiras. “Controlar o mercado de crédito, com mecanismos como o recolhimento dos compulsórios dos bancos em níveis mais elevados também são medidas que ajudam a manter a demanda sobre controle”. Mendes citou como medida concreta neste sentido a decisão do BC de elevar o percentual de pagamento mínimo do cartão de crédito que passará de 15% para 20%, no próximo mês. Medida que permanecerá até o fim do ano.
 

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