Em 1980, dois anos antes de sair de cena, Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) fez shows com seu Conjunto Borborema, então formado por Severo (sanfona), Zé Gomes (percussão) e Marcos Rozila (baixo). Convidado do show, o violeiro Jarba Mariz gravou tais apresentações em fita cassete. Trinta e um anos depois, essas gravações particulares – licenciadas por Mariz para o produtor Marcelo Fróes – dão origem ao primeiro álbum ao vivo da discografia de Jackson do Pandeiro. Por conta das limitações técnicas originais dos registros em cassete, o som abafado das faixas ao vivo não está à altura da música do Rei do Ritmo e dissipa a energia do show – mesmo tendo passado por processos de digitalização e remasterização. Contudo, o CD Jackson do Pandeiro ao Vivo – lançado neste mês de maio de 2011 pelo selo Discobertas – tem valor documental por perpetuar esses raros registros do cantor e compositor paraibano, então em fase já crepuscular.
O disco rebobina seis números extraídos dos cassetes de Mariz. São registros de Chiclete com Banana (Gordurinha e Almira Castilho), Vou de Tutano (Jackson do Pandeiro e Josil Cavalcante), Minha Zebelê (Gervásio Horta), Falso Toureiro (José Gomes e Heleno Clemente), O Puxa-Saco (Zé Catraca) e de um medley que agrega Cantiga do Sapo (Jackson do Pandeiro e Buco do Pandeiro), Cantiga da Perua (Jackson do Pandeiro e Elias Soares), História de Lampião (Severino Ramos e José Gomes Filho) e Rainha de Tamba (Zé do Norte). Um outro número ao vivo (editado em LP de 1975) e quatro fonogramas de estúdio – lançados originalmente nos anos 70 – completam o repertório de Jackson do Pandeiro ao Vivo.
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